1ª)
“Aspiramos um ar poluído ou A um ar poluído”?
Alguns verbos podem ser transitivos diretos ou
indiretos. A regência muda segundo o seu significado.
a) Aspirar, no sentido de “respirar, cheirar, absorver”,
é transitivo direto:
“Ele aspira (TD) o perfume (objeto direto = sem preposição)”,
“O aparelho aspira (TD) o pó (OD)”;
“Ele aspira (TD) o perfume (objeto direto = sem preposição)”,
“O aparelho aspira (TD) o pó (OD)”;
b) Aspirar, no sentido de “almejar, desejar”, é
transitivo indireto
(=aspirar a alguma coisa):
“Ele aspira (TI) a este cargo (objeto indireto = com a preposição a)”,
“Eles aspiravam (TI) ao governo de São Paulo (OI)”.
É muito triste encontrarmos “cartas de apresentação” nas quais o candidato afirma “aspirar muito o emprego”. O “coitado” ainda não foi contratado e já está “cheirando o emprego”!
Portanto, quanto à dúvida de hoje, o certo é: “Aspiramos (TD) um ar poluído (OD).”
(=aspirar a alguma coisa):
“Ele aspira (TI) a este cargo (objeto indireto = com a preposição a)”,
“Eles aspiravam (TI) ao governo de São Paulo (OI)”.
É muito triste encontrarmos “cartas de apresentação” nas quais o candidato afirma “aspirar muito o emprego”. O “coitado” ainda não foi contratado e já está “cheirando o emprego”!
Portanto, quanto à dúvida de hoje, o certo é: “Aspiramos (TD) um ar poluído (OD).”
2ª)
IMPLICA sacrifícios ou IMPLICA EM sacrifícios?
Na sintaxe popular
brasileira, encontramos frequentemente o verbo implicar como se fosse transitivo indireto (= com a
preposição em).
Alguns gramáticos já aceitam essa regência.
Entretanto, eu prefiro, em textos formais, evitar o uso da preposição em. A regência clássica do verbo implicar, no sentido de “envolver, produzir como consequência”, não pede preposição, ou seja, o verbo é transitivo direto.
Portanto, devemos usar “implica sacrifícios”.
Entretanto, eu prefiro, em textos formais, evitar o uso da preposição em. A regência clássica do verbo implicar, no sentido de “envolver, produzir como consequência”, não pede preposição, ou seja, o verbo é transitivo direto.
Portanto, devemos usar “implica sacrifícios”.
3ª)
CAJU ou CAJÚ?
O certo é CAJU. As
palavras oxítonas terminadas em “u” não têm acento agudo.
A regra das palavras oxítonas ( =sílaba tônica na última sílaba) manda acentuar graficamente só as terminadas em “a”, “e” e “o “, seguidas ou não de “s”:
A(s): sofá, sabiá, atrás, aliás…
E(s): café, você, invés, chinês…
O(s): cipó, avô, avós, propôs…
A regra das palavras oxítonas ( =sílaba tônica na última sílaba) manda acentuar graficamente só as terminadas em “a”, “e” e “o “, seguidas ou não de “s”:
A(s): sofá, sabiá, atrás, aliás…
E(s): café, você, invés, chinês…
O(s): cipó, avô, avós, propôs…
Observações:
a) As formas verbais terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas dos pronomes
LA(S) ou LO(S) devem ser acentuadas: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-la-ia, vendê-lo-ia…
a) As formas verbais terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas dos pronomes
LA(S) ou LO(S) devem ser acentuadas: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-la-ia, vendê-lo-ia…
b)
Acentuamos a palavra PORQUÊ quando está substantivada ou no fim da frase: “Não
sei o
porquê de tudo isso.”
c)
Não se acentuam as oxítonas terminadas em:
I(s): aqui, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-la…
U(s): caju, bauru, Bangu, urubus, compus, Nova Iguaçu…
AZ, EZ, OZ: capaz, talvez, feroz…
OR: condor, impor, compor, propor…
IM: ruim, assim, folhetim…
É importante lembrar que essa regra não foi alterada pelo novo acordo ortográfico.
I(s): aqui, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-la…
U(s): caju, bauru, Bangu, urubus, compus, Nova Iguaçu…
AZ, EZ, OZ: capaz, talvez, feroz…
OR: condor, impor, compor, propor…
IM: ruim, assim, folhetim…
É importante lembrar que essa regra não foi alterada pelo novo acordo ortográfico.
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