domingo, 11 de dezembro de 2011

Expressões Populares


Todos nós usamos expressões idiomáticas curiosas para descrever situações ou comentar fatos do cotidiano. Mas, como quase ninguém sabe como essas expressões surgiram, o “Você Sabia?” resolveu explicar. Confira:

Acabar em pizza

Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido. O termo surgiu no futebol. Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e, depois de 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome. Assim, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso, simplesmente esqueceram o assunto, foram para casa e a paz reinou. Depois desse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava no jornal Gazeta Esportiva, publicou a seguinte manchete: “Crise Do Palmeiras Termina Em Pizza”. Daí em diante, a expressão pegou.

Casa da Mãe Joana

A expressão se deve a Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382. Em 1346, ela se refugiou em Avignon, na França. Aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade  onde estava refugiada. Uma das normas dizia: “o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar.” Transposta para Portugal, a expressão “paço-da-mãe-joana” virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, a palavra “paço”, por não fazer parte da linguagem popular, foi substituído por “casa”. Assim, “casa-da-mãe-joana” passou a servir para indicar um lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde impera a desordem e a desorganização.

Dar com os burros n’água

A expressão surgiu no período do Brasil Colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas e muitos morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir alguma coisa e não obtém sucesso.

De mãos abanando

Na época da intensa imigração no Brasil, os imigrantes tinham que ter suas próprias ferramentas. As “mãos abanando” eram um sinal de que aquele imigrante não estava disposto a trabalhar. A partir daí o termo passou a ser empregado para designar alguém que não traz nada consigo. Uma aplicação comum da expressão é quando alguém vai a uma festa de aniversário sem levar presente.

Entrar com o pé direito

A tradição de entrar em algum lugar com o pé direito para dar sorte é de origem romana. Nas grandes celebrações dos romanos, os donos das festas acreditavam que, entrando com esse pé, evitariam má sorte na ocasião da festa. A palavra “esquerda”, em latim, é “sinistra”; daí fica evidente a crença no lado azarento dos inocentes pés esquerdos. Foi a partir daí que essa crença se espalhou por todo o mundo.

Feito nas coxas

Esta expressão surgiu na época da colonização brasileira. As telhas usadas nas construções da época, feitas de barro, eram moldadas nas coxas dos escravos. Assim, algumas vezes ficavam largas, outras vezes finas, mas nunca num tamanho uniforme. Foi desta forma que surgiu a expressão, utilizada para indicar algo mal feito.

Fazer uma vaquinha

A expressão “fazer uma vaquinha” surgiu na década de 20 e tem sua origem relacionada com o jogo do bicho e o futebol. Nas décadas de 20 e 30, já que a maioria dos jogadores de futebol não tinha salário, a torcida do time se reunia e arrecadava entre si um prêmio para ser dado aos jogadores. Esses prêmios eram relacionados popularmente com o jogo do bicho. Assim, quando iam arrecadar cinco mil réis, chamavam a bolada de “cachorro”, pois o número cinco representava o cachorro no jogo do bicho. Como o prêmio máximo do jogo do bicho era vinte e cinco mil réis, e isso representava a vaca, surgiu o termo popular “fazer uma vaquinha”, ou seja, tentar reunir o máximo de dinheiro possível para um determinado fim.

Guardado a sete chaves

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes: um baú que possuía quatro fechaduras. Cada uma destas chaves era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto, eram apenas quatro chaves. Mas o número sete passou a ser utilizado em razão de seu valor místico, desde a época das religiões primitivas. Assim, começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem guardado.

Jurar de pés juntos

A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado até dizer a verdade. Até hoje, o termo é empregado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

Lágrimas de crocodilo

Quando dizemos que uma pessoa está “chorando lágrimas de crocodilo”, queremos dizer que ela está fingindo, chorando de uma forma falsa. Tal expressão, utilizada no mundo inteiro, veio do fato de que o crocodilo, quando está devorando suas presas, faz uma pressão muito forte sobre o céu da boca e estimula suas glândulas lacrimais, dando a impressão  de que o animal está chorando. Obviamente, o animal não chora e por isso surgiu a expressão popular.

Motorista barbeiro

No século XIX, os barbeiros faziam, não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também tiravam dentes, cortavam calos, entre outras coisas. Por não serem profissionais, seus serviços mal feitos eventualmente geravam consequências. A partir daí, desde o século XV, todo serviço ruim passou a ser atribuído ao barbeiro, por meio da expressão “coisa de barbeiro”. A expressão veio de Portugal. Contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

Onde Judas perdeu as botas

Esta expressão é usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível. Existe uma história não comprovada que relata que, após trair Jesus, Judas enforcou-se descalço em uma árvore, porque havia posto o dinheiro que ganhara por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava descalço, saíram em busca dos mesmos e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se as botas foram achadas. Acredita-se que foi assim que surgiu tal expressão.

Pensando na morte da bezerra

A história mais aceitável para explicar a origem da expressão é proveniente das tradições hebraicas, nas quais os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ficou se lamentando e pensando na sua morte meses a fio. Foi desta forma que surgiu tal expressão.

Pra inglês ver

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas. Assim, elas teriam sido criadas apenas “para inglês ver”. Foi assim que surgiu a expressão.

Rasgar seda

Tal expressão, utilizada quando alguém elogia demais outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Nela, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a mulher percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue suas sedas, que se esfiapa.” Foi assim que surgiu a expressão.

Tirar o cavalo da chuva

No século XIX, quando uma visita iria ser breve, o visitante deixava o cavalo ao relento, em frente à casa do anfitrião. Caso a visita fosse demorar, colocavam o animal nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia colocar seu cavalo protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa. De gozação, dizem que Rui Barbosa, que gostava de falar difícil, dizia “retirar o equino da precipitação pluviométrica”…

SONHOS - 7 fatos interessantes sobre eles




Sonhos são fenômenos misteriosos, que há milhares de anos intrigam os seres humanos. Mas, na medida em que os cientistas vão sendo capazes de explorar mais profundamente a nossa mente, algumas respostas estão sendo encontradas. Veja aqui 7 coisas que se sabem sobre o que se passa nesse estranho e fascinante país dos sonhos:

Sonhos têm significados

Será que quem sonha em ganhar na loteria ou em sofrer um acidente, deve se preparar para que essas coisas realmente aconteçam? Há quem diga que sim. As pessoas acreditam em seus sonhos e julgam aqueles que se encaixam em suas expectativas mais significativos do que os que vão contra essa corrente. Interpretações do significado dos sonhos variam muito. Mas as pesquisas mostram que as pessoas acreditam que seus sonhos fornecem informações significativas para si mesmas e para o seu dia a dia.

Pesadelos podem ser alertas sobre saúde

Como se já não bastasse os pesadelos serem aterrorizantes, um certo transtorno do sono leva as pessoas a “atuar” nos seus sonhos,  com movimentos violentos, chutes e gritos. Esses sonhos violentos podem ser um sinal de desordens do cérebro, incluindo o Mal de Parkinson e demência. Pesquisas sugerem que estágios iniciais dessas doenças neurodegenerativas podem começar muitos anos antes de alguém ser diagnosticado.

Dormir tarde = mais pesadelos

Pessoas que costumam dormir muito tarde estão mais sujeitas a ter pesadelos. Numa pesquisa, 264 estudantes universitários disseram quantas vezes tiveram pesadelos. Os que tinham o hábito de dormir tarde tiveram uma média bem mais alta do que aqueles que dormiam cedo.
Os pesquisadores não souberam explicar o que causava essa ligação entre hábitos de sono e pesadelos. Entre as possibilidades, está o hormônio do estresse, o cortisol, que atinge seu pico de manhã, pouco antes de uma pessoa acordar, um momento em que estamos mais propensos ao sono REM (*). Se a pessoa ainda estiver dormindo nesse momento, talvez o aumento do cortisol possa provocar pesadelos.
(*) O sono R.E.M., (em Inglês, Rapid Eye Movement = Movimento Rápido dos Olhos), é a fase do sono na qual ocorrem os sonhos mais vívidos. Durante esta fase, os olhos movem-se rapidamente e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.

Sonhos podem solucionar problemas

Parte da razão para sonharmos pode ser o pensamento crítico. Um estudo descobriu que os sonhos podem nos ajudar a resolver problemas que enfrentamos durante o dia. De acordo o estudo, é o aspecto visual, e muitas vezes ilógico, dos sonhos, que os tornam adequados para o tipo de pensamento que é necessário para resolver certos problemas. “Seja qual for o estado em que estamos de sono, nós ainda estamos trabalhando nos mesmos problemas”, afirmou um pesquisador, acrescentando que os sonhos podem ter evoluído para uma outra finalidade, mas é possível que tenham sido aperfeiçoados pelo tempo para várias tarefas, inclusive para ajudar a “reiniciar” o cérebro e resolver problemas.

Homens têm mais sonhos eróticos

Os homens são mais propensos do que as mulheres a sonhar com sexo. Aliás, as mulheres são mais propensas a ter pesadelos com sexo. Em um estudo com quase 200 homens e mulheres com idades entre 18 a 25 anos, descobriu-se que os pesadelos das mulheres podiam ser divididos em três tipos:

• Assustadores (ser perseguida ou ter a vida em perigo).
• Os que envolvem a morte de um ente querido.
• Sonhos confusos.
Se as mulheres têm que relatar o sonho mais importante que já tiveram, elas são mais propensas do que os homens a relatar um pesadelo muito perturbador. Elas relatam mais pesadelos e eles são mais fortes do que os dos homens. Isso não significa que as mulheres não se divertem em seus sonhos. Uma pesquisa revelou que, dos cerca de 3.500 relatos de sonhos, aproximadamente 8% continham algum tipo de atividade sexual. O mais comum envolvia penetração, seguido de proposições sexuais, beijos, fantasias e masturbação.

É possível controlar os sonhos

Está interessado em sonhos lúcidos? Comece a jogar videogame. As duas coisas representam realidades alternativas. É claro que não são completamente iguais; os videogames são controlados por computadores e consoles, enquanto os sonhos surgem da mente humana.
Os jogadores são usados para controlar seus ambientes de jogo, de modo que isso pode se traduzir em sonhos. Uma pesquisa mostrou que as pessoas que jogam videogame são mais propensas a ter sonhos lúcidos, nos quais se veem fora de seus corpos e também são capazes de interagir com os seus sonhos, como se controlassem um jogo. Esse controle pode ajudar a transformar um pesadelo horripilante num sonho tranquilo.

Sonhos ajudam a relaxar

Cientistas descobriram que, durante a fase de sonho do sono (o sono REM, mencionado anteriormente), há uma diminuição dos níveis de certas substâncias químicas no cérebro associadas ao estresse. Durante o sono REM há uma diminuição acentuada dos níveis de norepinefrina, um produto químico cerebral associado ao estresse. Ao reprocessar experiências emocionais anteriores – neste ambiente neuroquimicamente seguro de norepinefrina baixa durante o sono REM – acordamos no dia seguinte e essas experiências foram enfraquecidas em sua energia emocional. Sentimo-nos melhores a respeito delas, sentimos que podemos lidar com esses problemas.