sexta-feira, 29 de abril de 2011

Informe-se


3. Rei Jorge IV
Maria interpretada por Sarah Bolger no seriado 'The Tudors' (Foto: Divulgação)
Jorge IV em caricatura de 1792 (Reprodução)
Sofisticado e erudito, Jorge VI tinha tudo para ser um grande monarca. Em dez anos de reinado (1820-1830), porém, foi alvo do ódio dos súditos. Levava um estilo de vida extravagante, com gastos exorbitantes mesmo enquanto seu país estava em guerra. Egoísta e irresponsável, tinha péssimas relações com o pai, Jorge III. Pior ainda era o convívio – ou melhor, a falta dele – com a mulher. Casado com uma prima alemã, Carolina, acredita-se que Jorge só dormiu com ela uma única vez, na noite de núpcias. Os dois se odiavam. Ela foi morar na Itália, onde se amasiou com um plebeu. Quando Jorge, que vivia com a amante fixa com a qual teve dez filhos, subiu ao trono, Carolina voltou disposta a assumir seus direitos. Jorge baixou um decreto para dissolver o casamento e tirar-lhe o título. Ela chegou a ser impedida de entrar na abadia de Westminster no dia da coroação. Na reta final de vida, Jorge, perturbado e doente, não aparecia mais em público. O jornal The Times resumiu o sentimento nacional após sua morte: “Jamais houve alguém tão lamentável quanto o falecido rei. Não há olhos que choram por ele”.


4. Rainha Vitória
Vitória interpretada por Emily Blunt em 'A Jovem Rainha Vitória' (Foto: Divulgação)
Vitória interpretada por Emily Blunt em 'A Jovem Rainha Vitória' (Foto: Divulgação)
No reinado mais longo de todos (63 anos), ela construiu uma imagem pública invejável. A grande rainha Vitória, porém, também gostava de uma boa confusão – ainda que, no fim, fosse por uma boa causa. Assumiu uma monarquia já esvaziada, sem poder político direto. Mesmo assim, não abria mão de influenciar decisões do governo. Apesar de ter sido apelidada de “vovó da Europa”, por ter espalhado 35 filhos e netos pelas famílias reais do continente, a rainha casca-grossa detestava ficar grávida e achava os recém-nascidos “feios”. Em 1842, passeava de carruagem quando um homem apontou uma arma, sem disparar. Vitória decidiu fazer o mesmo caminho no dia seguinte, só para provocá-lo e pegá-lo no flagra. Não deu outra: ela escapou da bala e o bandido foi preso. Décadas depois, alvo de outro atentado frustrado, afirmou, diante da comoção dos súditos: “Às vezes vale a pena ficar na mira de um tiro. Para saber o quanto você é amada.” Baixinha atarracada, nunca escondeu que gostava do gigantismo de seu império: “Devemos estar preparados para ataques e guerras ininterruptas”.

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